sábado, 15 de janeiro de 2011

Noite de todos os dias.
Delasnieve Daspet

Fim de tarde.
O dia se esvai lentamente.
A noite - devagar - estende
Seu manto sobre o mundo.

A rua - até agora cheia de vida,
Vai se perdendo no escuro,
Já nào existe mais.
Anoitece de novo!

Sinto tanta tristeza...
Com o dia que se vai
Os meus sonhos são
Enterrados no horzonte!

Só - outra vez!
Minh'alma como uma viúva
Pranteia a saudade!

Nada mais existe.
Em mim - cada vez mais latente
A sensação de coisa vivida...

Serei a única sobrevivente?
Sobrevivi a mim mesma?
Serei a única naúfraga deste mar
Imenso e bravio que é a vida?

Preciso redescobrir-me.
É tão triste morrer em vida!
Preciso reencontrar os sonhos
E não ter medo de perde-los
No escuro da noite de todos os dias!

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