terça-feira, 5 de novembro de 2013

                                                     

                                                        Haja o que houver


Brigaram. Ele foi embora. Ela ficou esperando.
Esperando por ele.  Chorava às tardes e às manhãs.
Com o tempo, não chorava mais. Só esperava.

A saudade apertava. Ela cantava “haja o que houver espero por ti”.
 Cantava com o desejo que o universo a ouvisse e conspirasse por trazê-lo de volta.
Um dia soube que ele se casara. Chorou. Mas tinha a esperança que um dia ele voltaria. Entraria pelo portão com violetas nas mãos. Confessaria o seu amor. E ela o perdoaria. Viveriam felizes para sempre como nas novelas.

Sonhava todos os anos... "em dezembro ele vem".  Ela já não se lembrava mais o que os separara. Mas sua ausência lhe doía nas entranhas. Era dor física e da alma.  Às vezes sonhava com ele, acordava chorando.
Um dia, neste acasos, soube que a vida o estava levando... A chama estava se extinguindo. A final a vida não passa de uma flor que, ao seu tempo, murcha, perde o viço e desaparece.

Engoliu o orgulho de anos e anos, foi vê-lo. Não havia em seus olhos brilho, mas opacidade  da ausência de vida, das dores e do sofrimento físico que a enfermidade lhe trouxera.

Ela não acreditava no que via. Disse apenas: “Oi. Vim lhe dizer que ainda te amo”. Ele apenas a olhou. Seus olhos eram inexpressivos.  Ela tornou: “Por que ficamos tanto tempo longe? “. Lágrimas lhe rolavam pelas faces... Quis tocá-lo, mas não pode. Seu contato poderia ser fatal para ele, pela baixa imunidade.
  E foi assim.

Voltou a vê-lo  um mês  depois. Frio e rígido. Não era mais ele. Era só um corpo. O corpo do homem amado. Chorou. Viúva sem ser.  Depois enxugou os olhos, algo morrera dentro dela. A expressão de seu olhar não era a mesma. Agora ela sabia que ele jamais voltaria. Ouviu o corvo grasnar em seu ouvido: “Nunca mais”.  A ausência dele nela era uma presença desesperadora. Era sempre. Ela sabia que mais do que nunca eles se pertenciam. Ela murmurou de si para consigo: “haja o que houver, espere por mim.
 E virou mais uma pagina, iniciando novo capítulo.




Haja o que houver, espero por ti.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda!



Assim, pude trazer você de volta pra mim, pois é sempre só você que me entende do inicio ao fim. E é só você que tem a cura pro meu vícios de insistir nesta saudade que eu sinto, de tudo que eu ainda não vi...

domingo, 16 de janeiro de 2011





ROTINA ( I )

Tereza da Praia

Domingo sem sol,

Segunda sem lençol

Terça estou bemol.

Dó-ré-mi-fá-sol

Quarta é dia de futebol

Quinta preparo anzol

Sexta de pura alegria

Sábado é de pescaria

Domingo é para família.

A vida se conserva em formol.



Rotina ( II)

Domingo ler as noticias do jornal;

Segunda preguiça bem normal.

Terça começo a ser mulher total.

Quarta, tomara que teu time se dê mal.

Quinta é véspera do dia especial

Sexta a semana chega a seu final

Sábado ver filme com ator imortal.

Na cabeça, fantasia imoral,

Com um galã fenomenal.

Domingo de paz impessoal.

Viva a família tradicional.

Tereza da Praia

Série: qualquer prazer me diverte.

SE EU PUDESSE ...
Marilda Conceição

Se eu pudesse meu amor,
Voltaria no tempo em que nossas
almas felizes sorriam.
Que sob a luz do luar me amavas,
e de carinho me enternecias.

Que de amor me embriagavas,
e, em teus braços, de amor me perdia.
Em que nossos corpos entrelaçados,
deliciavam-se na nossa magia,
saciando nossos desejos,
realizando fantasias...

Ah! Se eu pudesse ...
Juro, amor meu, eu voltaria,
unindo para sempre tua alma à minha.
Ah! Se eu pudesse, meu amor,

Um dia...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Sem sentido
Tereza da Praia

Tenho mentiras bem vestidas,
Verdades sem sentido,
Vontades imprevisíveis.
Amor que não compensa
O que ainda não tive.
Quero um coração,
Para que eu pise.
Chega de compreensão.
Perfumado é o pé
De quem pisa a flor...
Mas de quem é a dor?

Sin sentido
Tereza da Praia

Tengo mentiras bien vestidas,
Verdades sin sentido,
Voluntades imprevisibles.
Amor que no compensa
el que aún no tuve.
Quiero un corazón,
Para que yo pise.
llega de comprensión.
Perfumado es el pie
De quien pisa la flor...
Mas de quien es a doler ?
(Tradução Bete)