quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


Monólogo Mundo Moderno
Chico Anysio
E vamos falar do mundo,
mundo modernomarco malévolomesclando mentirasmodificando maneirasmascarando maracutaiasmajestoso manicômiomeu monólogo mostramentiras, mazelas, misérias, massacresmiscigenaçãomorticínio, maior maldade mundialmadrugada, matuto magro, macrocéfalomastiga média mornamonta matumbo malhadomunindo machado, martelomochila murchamargeia mata maiormanhazinha move moinhomoendo macaxeiramandiocameio-dia mata marrecomanjar melhorzinhomeia-noite mima mulherzinha mimosamaria morenamomento maravilhamotivação mútoamas monocórdia mesmicemuitos migrammacilentosmaltrapilhosmorarão modestamentemalocas metropolitanasmocambos miseráveismenos moralmenos mantimentosmais menosprezometade morremundo malignomisturando mendigos maltratadosmenores metralhadosmilitares mandõesmeretrizes marafonasmocinhas, meras meninas,mariposasmortificando-se moralmentemodestas moças maculadasmercenárias mulheres marcadasmundo medíocremilionários montam mansões magníficasmelhor mármoremobília mirabolantemáxima megalomaniamordomo, mercedez, motorista, mãosmagnatas manobrando milhõesmas maioria morre minguando!moradia meiágua, menos, marquisemundo malucomáquina mortíferamundo moderno melhoremelhore maismelhore muitomelhore mesmomerecemosmaldito mundo modernomundinho merda!


NOTAS SOBRE TAUTOGRAMA

O tautograma é um poema ou verso formado por palavras
que começam pela mesma letra.
Diz-se que o tautograma surgiu na Idade Média,
mas isto não é verdade, pois Ennio, (239/169 a.C),
poeta e dramaturgo romano, que compôs tragédias
inspiradas em Eurípides, conhecido como
o primeiro grande poeta épico romano por seus
Annales, no qual coleciona em 18 livros de
hexâmetros a história de Roma até a sua época;
apresentou seu famoso tautograma em um hexámetro:
Ou Tite, tute, Tate, tibi tanta tyranne tulisti.
Na Idade Média, todavia, os autores se dedicaram
a este tipo de composição. Nos fins do século IX
e princípios do X Ubaldo de Saint-Amand
(monge cujos escritos em matéria musical lhe deram justa fama)
compôs um poema de 136 versos cujas palavras
começam todas pela letra c.
É um poema titulado De laude calvorum (Elogios dos calvos)
e dedicado ao rei Carlos o Calvo;
plotou-se em Basilea (1516-1519 e 1547)
e seu primeiro verso diz assim: Carmina clarisonae calvis cantate,
CamoenaeA obra mestre do tautograma data do século XVI
e deve-se ao professor de teologia de Lovaina ,
Leio Placentius. É o poema titulado Pugna porcorium
(O combate dos porcos), per Placentium porcium
poetam, no que todas as palavras começam por p .
Para ser um tautograma não basta o texto reunir
aleatoriamente palavras que se iniciam por
uma determinada letra. O texto, seja ele em
verso ou em prosa, deve ter todos os ingredientes
de um bom texto, isto é coesão, sentido, consistência,
dentre outras características que definem a criação literária.
Neste tautograma, com o título de Monólogo
do Mundo Moderno, Chico Anísio descreve
todas as questões sociais da vida moderna.
Eu, certa feita, compus um taugrama, intitulado
Poema do V, todas as palavras iniciavam pela letra V.


NOTAS SOBRE MONOLOGO

No teatro ou na oratória, um monólogo
é uma longa fala ou discurso pronunciado
por uma única pessoa ou enunciador.
-Monólogo é a forma do discurso em que
o personagem extravasa de maneira razoavelmente
ordenada seus pensamentos e emoções,
sem dirigir-se a um ouvinte específico.No Monólogo é comum que os atores
buscarem pensamentos profundos psicologicamente,
expondo idéias que podem até transparecer
que há mais de um ator em cena. Enfim,
monólogo está associado a um conflito
psicológico que não necessariamente é individual.
É comum no teatro, desenhos animados, e filmes.
O nonologo, também pode ser aplicada
a um poema no formato de pensamentos
ou discurso individual. Também são comuns em óperas, quando uma ária,
recitação ou outra seção cantada, tem uma
função similar a um monólogo falado numa peça teatral;
Nas peças teatrais há dois tipos básicos de monólogos: o interior,
quando o ator fala para outra pessoa que não está no palco
ou para a audiência.
O exterior, um discurso no qual o narrador expõe questões
de cunho introspectivo, revelando motivações interiores.
Pode ser direto ou indireto, quando narrado
em primeira ou terceira pessoa, respectivamente.


2 comentários:

  1. até hoje, tereza, recito um poema, em v, que nunca mais achei
    vandalos, vis, virulentos,
    vem vorazes violentar...
    sobre o V de vitoria

    nem sei o autor/a autora
    oxala fosse vc

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  2. Vendaval Vociferante
    Vem Vastidão Varejante
    Vexar Violar Vitimar

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