quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar
Composição: Ana Carolina e Jorge Vercilo
Voz: Maria Bethânia.


"Mas, pensar na pessoa que se ama, é como querer
ficar à beira d'água esperando que o riacho, alguma hora,
pousoso esbarre de correr." (Guimarães Rosa)

*** ***

Garimpeira da beleza
te achei na beira de você me achar
Me agarra na cintura,
me segura e jura que não vai soltar
E vem me bebendo toda,
me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios,
mar partindo ao meio, não vou esquecer.
Eu que não sei quase nada do mar
descobri que não sei nada de mim
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão

Me agarrei em seus cabelos,
sua boca quente pra não me afogar
Tua língua correnteza lambe minhas pernas como faz o mar
E vem me bebendo toda me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios, mar partindo ao meio, não vou esquecer
Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão


Meu Mar

Sentada na relva,
felina,
nesta selva,
olhando as águas passarem
Cada dia tentando te esquecer.
Desejando que este riacho
de paixão pare de correr
ou corra para meus braço
Sacie o meu coração.

Te perdi, quando me encontrava
Eu que não sei quase nada do mar, amava.
Soltavas-me e perdias-me
Para ti, eu me encontrava.
Embriagada do prazer
de te beber,
mar salgado
lábios doces
lamber
Tantas línguas a me percorrer.
Eu que não sei nada de mim
te ti, não sei quase nada
Mascarados, amando na escuridão
Afogados na ilusão.
Amado mar
a me penetrar
a me salgar no fogo
quente da paixão
No jogo da vida
saliva a escorrer
pele molhada
extenuada...

Nenhum comentário:

Postar um comentário