quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda!
Assim, pude trazer você de volta pra mim, pois é sempre só você que me entende do inicio ao fim. E é só você que tem a cura pro meu vícios de insistir nesta saudade que eu sinto, de tudo que eu ainda não vi...
domingo, 16 de janeiro de 2011

ROTINA ( I )
Tereza da Praia
Domingo sem sol,
Segunda sem lençol
Terça estou bemol.
Dó-ré-mi-fá-sol
Quarta é dia de futebol
Quinta preparo anzol
Sexta de pura alegria
Sábado é de pescaria
Domingo é para família.
A vida se conserva em formol.
Rotina ( II)
Domingo ler as noticias do jornal;
Segunda preguiça bem normal.
Terça começo a ser mulher total.
Quarta, tomara que teu time se dê mal.
Quinta é véspera do dia especial
Sexta a semana chega a seu final
Sábado ver filme com ator imortal.
Na cabeça, fantasia imoral,
Com um galã fenomenal.
Domingo de paz impessoal.
Viva a família tradicional.
Tereza da Praia
Série: qualquer prazer me diverte.
Tereza da Praia
Domingo sem sol,
Segunda sem lençol
Terça estou bemol.
Dó-ré-mi-fá-sol
Quarta é dia de futebol
Quinta preparo anzol
Sexta de pura alegria
Sábado é de pescaria
Domingo é para família.
A vida se conserva em formol.
Rotina ( II)
Domingo ler as noticias do jornal;
Segunda preguiça bem normal.
Terça começo a ser mulher total.
Quarta, tomara que teu time se dê mal.
Quinta é véspera do dia especial
Sexta a semana chega a seu final
Sábado ver filme com ator imortal.
Na cabeça, fantasia imoral,
Com um galã fenomenal.
Domingo de paz impessoal.
Viva a família tradicional.
Tereza da Praia
Série: qualquer prazer me diverte.

SE EU PUDESSE ...
Marilda Conceição
Se eu pudesse meu amor,
Voltaria no tempo em que nossas
almas felizes sorriam.
Que sob a luz do luar me amavas,
e de carinho me enternecias.
Que de amor me embriagavas,
e, em teus braços, de amor me perdia.
Em que nossos corpos entrelaçados,
deliciavam-se na nossa magia,
saciando nossos desejos,
realizando fantasias...
Ah! Se eu pudesse ...
Juro, amor meu, eu voltaria,
unindo para sempre tua alma à minha.
Ah! Se eu pudesse, meu amor,
Um dia...
Marilda Conceição
Se eu pudesse meu amor,
Voltaria no tempo em que nossas
almas felizes sorriam.
Que sob a luz do luar me amavas,
e de carinho me enternecias.
Que de amor me embriagavas,
e, em teus braços, de amor me perdia.
Em que nossos corpos entrelaçados,
deliciavam-se na nossa magia,
saciando nossos desejos,
realizando fantasias...
Ah! Se eu pudesse ...
Juro, amor meu, eu voltaria,
unindo para sempre tua alma à minha.
Ah! Se eu pudesse, meu amor,
Um dia...
sábado, 15 de janeiro de 2011
Sem sentido
Tereza da Praia
Tenho mentiras bem vestidas,
Verdades sem sentido,
Vontades imprevisíveis.
Amor que não compensa
O que ainda não tive.
Quero um coração,
Para que eu pise.
Chega de compreensão.
Perfumado é o pé
De quem pisa a flor...
Mas de quem é a dor?
Sin sentido
Tereza da Praia
Tengo mentiras bien vestidas,
Verdades sin sentido,
Voluntades imprevisibles.
Amor que no compensa
el que aún no tuve.
Quiero un corazón,
Para que yo pise.
llega de comprensión.
Perfumado es el pie
De quien pisa la flor...
Mas de quien es a doler ?
(Tradução Bete)
Tereza da Praia
Tenho mentiras bem vestidas,
Verdades sem sentido,
Vontades imprevisíveis.
Amor que não compensa
O que ainda não tive.
Quero um coração,
Para que eu pise.
Chega de compreensão.
Perfumado é o pé
De quem pisa a flor...
Mas de quem é a dor?
Sin sentido
Tereza da Praia
Tengo mentiras bien vestidas,
Verdades sin sentido,
Voluntades imprevisibles.
Amor que no compensa
el que aún no tuve.
Quiero un corazón,
Para que yo pise.
llega de comprensión.
Perfumado es el pie
De quien pisa la flor...
Mas de quien es a doler ?
(Tradução Bete)

(George Gershwin )
Sumertime é uma ária da opera Porgy and Bess. Porgy and Bess traz à cena uma tragédia de amor. Relata o melancólico drama amoroso do casal negro Porgy e Bess. Porgy é um mendigo aleijado e faz de tudo para conseguir ficar com sua amada Bess. Ela, apesar de também querer ficar ao seu lado, precisa se desvencilhar de seu amante opressor, Crown, e dos cortejos do traficante Sportin’ Life. Ambientada no sul dos Estados Unidos, na fictícia Catfish Row, na Carolina do Sul, nos anos 30, apresenta um retrato convincente da vida de uma comunidade negra paupérrima, em um período de intensa discriminação racial nos Estados Unidos da América. Todos os personagens são negros, com exceção de quatro papéis interpretados por brancos que não são cantados, apenas falados.“Porgy and Bess” estreou em 30/09/1935
em Boston e em 10/10/1935 na Broadway.
Summertime é a mais conhecida canção desta ópera. É cantada, primeiramente, por Clara, uma soprano, num personagem coadjuvante, como uma canção de ninar, logo no início do primeiro ato, tendo como pano de fundo o bairro do Catfish Row e seus habitantes.
Summertime é a mais conhecida canção desta ópera. É cantada, primeiramente, por Clara, uma soprano, num personagem coadjuvante, como uma canção de ninar, logo no início do primeiro ato, tendo como pano de fundo o bairro do Catfish Row e seus habitantes.
Após isso, a canção é interpretrada mais umas três vezes.
Como canção de ninar, Summertime é envolta numa aura de mistério, feitiço, drmaticidade a um só tempo representando um canto de lamento e um hino à esperança. Clara, tenta acalentar uma criança, dizendo-lhe e prometendo-lhe coisas que não têm correlação com o plano geral da situação vivida pelos personagens. O texto da ária é o seguinte:
“Summertime ... and the livin’ is easy/Fish are jumpin’... and the cotton is high/ Your dad’s rich... and your ma´s good-looking/ So hush little baby... don’t you cry/ One of these mornin’s...you gonna rise up singing/ You gonna spread your wings...and you’ll take to the sky/ But ‘till that morning...there ain’t nothin’ gonna harm you/ With your mamma and dad ... standing bye/ Summertime”
Traduzindo, seguindo o contexto da opera, é mais ou menos assim:
"É verão ... tempo de sol criança. A vida é fácil.
Os peixes saltam e o algodão está alto.
Seu pai é rico. Sua mãe tem boa aparencia.
Pequena criança não chore.
Numa manha dessas
você estará crescida,
cantando animada.
Suas asas largas, abertas
para alacançar o céu.
Mas até esta manhã,
nada vai lhe causar temor... querida.
Não chore."
A ópera Porgy and Bess, último grande trabalho de Gershwin, foi escrita em 1934 com co-autoria de Ira Gershwin, baseada no conto “Porgy”, de DuBose Heyward, também seu libretista. Ela estreou em 1935, em Nova Iorque, e é considerada a primeira ópera de destaque de um escritor norte-americano. Para dar verossimilhança ao drama vivido pelo casal negro, Gershwin fez estudos minuciosos nos estados do sul dos Estados Unidos. Com influência do jazz e da música religiosa, Porgy and Bess colocou no palco um elenco formado exclusivamente por negros e apresentou canções que se tornaram clássicos mundiais, entre elas Summertime, uma canção de ninar, que até hoje corre o mundo separada da obra prima, nas vozes de alguns dos maiores ícones da música americana, principalmente. Apesar do êxito desta ópera quando de sua exibição, houve muita resistência por conta do forte preconceito racial. Mesmo assim, a música composta por Gershwin, considerada divina pela crítica, acabou se tornando a maior ópera americana de todos os tempos, na qual o autor, fiel ao seu estilo, sintetizou as duas tradições que conhecia:a americana, representada pelo jazz e pelo spiritual, e a sinfônica européia. Ao promover a fusão entre os elementos do jazz e da música erudita, Gershwin e seu irmão Ira, revolucionaram a música popular nos Estados Unidos. George Gershwin nasceu no Brooklin em 26/09/1898, filho de emigrados russos, autodidata. Iniciou seus estudos aos 13 anos de idade, transformou-se no maior dos compositores americanos.
Como canção de ninar, Summertime é envolta numa aura de mistério, feitiço, drmaticidade a um só tempo representando um canto de lamento e um hino à esperança. Clara, tenta acalentar uma criança, dizendo-lhe e prometendo-lhe coisas que não têm correlação com o plano geral da situação vivida pelos personagens. O texto da ária é o seguinte:
“Summertime ... and the livin’ is easy/Fish are jumpin’... and the cotton is high/ Your dad’s rich... and your ma´s good-looking/ So hush little baby... don’t you cry/ One of these mornin’s...you gonna rise up singing/ You gonna spread your wings...and you’ll take to the sky/ But ‘till that morning...there ain’t nothin’ gonna harm you/ With your mamma and dad ... standing bye/ Summertime”
Traduzindo, seguindo o contexto da opera, é mais ou menos assim:
"É verão ... tempo de sol criança. A vida é fácil.
Os peixes saltam e o algodão está alto.
Seu pai é rico. Sua mãe tem boa aparencia.
Pequena criança não chore.
Numa manha dessas
você estará crescida,
cantando animada.
Suas asas largas, abertas
para alacançar o céu.
Mas até esta manhã,
nada vai lhe causar temor... querida.
Não chore."
A ópera Porgy and Bess, último grande trabalho de Gershwin, foi escrita em 1934 com co-autoria de Ira Gershwin, baseada no conto “Porgy”, de DuBose Heyward, também seu libretista. Ela estreou em 1935, em Nova Iorque, e é considerada a primeira ópera de destaque de um escritor norte-americano. Para dar verossimilhança ao drama vivido pelo casal negro, Gershwin fez estudos minuciosos nos estados do sul dos Estados Unidos. Com influência do jazz e da música religiosa, Porgy and Bess colocou no palco um elenco formado exclusivamente por negros e apresentou canções que se tornaram clássicos mundiais, entre elas Summertime, uma canção de ninar, que até hoje corre o mundo separada da obra prima, nas vozes de alguns dos maiores ícones da música americana, principalmente. Apesar do êxito desta ópera quando de sua exibição, houve muita resistência por conta do forte preconceito racial. Mesmo assim, a música composta por Gershwin, considerada divina pela crítica, acabou se tornando a maior ópera americana de todos os tempos, na qual o autor, fiel ao seu estilo, sintetizou as duas tradições que conhecia:a americana, representada pelo jazz e pelo spiritual, e a sinfônica européia. Ao promover a fusão entre os elementos do jazz e da música erudita, Gershwin e seu irmão Ira, revolucionaram a música popular nos Estados Unidos. George Gershwin nasceu no Brooklin em 26/09/1898, filho de emigrados russos, autodidata. Iniciou seus estudos aos 13 anos de idade, transformou-se no maior dos compositores americanos.
Faleceu em 11/07/1937 com um tumor no cérebro.
A obra de Gershwin caracteriza-se pela composição de música sinfônica e ritmos de jazz da época, com melodias de fácil assimilação. O piano foi o seu instrumento e elemento central de todas as suas criações. Entre suas obras instrumentais destacam-se Rhapsody in Blue (1924), Concerto em Fá (1925) e Second Rhapsody (1931), compostas para solo de piano. "Um Americano em Paris" é sua obra mais conhecida. Foi composta em 1928, durante a mudança de Gershwin para a Europa, onde conheceu Igor F. Stravinsky. Foi protagonisada no cinema por Gene Kelly. Gershwin compôs várias trilhas sonoras para musicais e filmes de Hollywood, das quais executou aproximadamente 500 canções. Ira, o irmão mais velho de Gershwin, escreveu grande parte das letras de suas melodias, como I Got Rhythm, Embraceable You e Summertime, interpretada por inúmeros músicos de jazz e cantores líricos.
***************
A obra de Gershwin caracteriza-se pela composição de música sinfônica e ritmos de jazz da época, com melodias de fácil assimilação. O piano foi o seu instrumento e elemento central de todas as suas criações. Entre suas obras instrumentais destacam-se Rhapsody in Blue (1924), Concerto em Fá (1925) e Second Rhapsody (1931), compostas para solo de piano. "Um Americano em Paris" é sua obra mais conhecida. Foi composta em 1928, durante a mudança de Gershwin para a Europa, onde conheceu Igor F. Stravinsky. Foi protagonisada no cinema por Gene Kelly. Gershwin compôs várias trilhas sonoras para musicais e filmes de Hollywood, das quais executou aproximadamente 500 canções. Ira, o irmão mais velho de Gershwin, escreveu grande parte das letras de suas melodias, como I Got Rhythm, Embraceable You e Summertime, interpretada por inúmeros músicos de jazz e cantores líricos.
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ALTERNÂNCIAS
Tarcísio R. Costa
A vida é uma soma de circunstâncias.
Em tudo estão surpresas,
Não há linearidades...
É uma sucessão perenes de alternâncias
A vida, assim, é ajustada em novidades.
A alegria, a dúvida, a incerteza,
São contrastes representados
Pelas perdas ou sucessos não colimados
Ou pelas láureas, a magnitude,
A grandeza...
Há uma permanente busca de soluções,
O que impõe maior dinâmica à vida,
Para serem evitadas as apreensões.
Até a serenidade da alma
É entremeada de dúvidas e de ludíbrio
Daí, vem a inevitável perda da calma,
É o embrião do desequilíbrio.
Advêm, então, a razão e as emoções,
Pilares que sustentam o inconsciente
De uma forma peremptória, permanente,
São os reflexos das ações.
Apenas a noite e o dia são alternâncias,
Programadas, adrede, pela natureza,
O que significam uma constância
A única certeza...
Tudo, no entanto, são apenas os meios
Ou, apenas, mero instrumento apoiador,
Que, no arroubo dos entremeios,
O objetivo final é O AMOR!
UM DIA QUEM SABE
Liane Niremberg
cantava uma alegria interior
espontânea e tão amiga
que a tristeza se encolhia
diante dessa magia
versos feitos assim
sem qualquer pretensão
pareciam conhecer-me
de uma outra dimensão
na verdade eram anjos
que sussurravam pra mim
tudo que eu mais desejava
e em sonhos eu alcançava
meus sonhos não sonho mais
queria sonhá-los outra vez
um dia quem sabe sonhando
eu sonhe versos também
espontânea e tão amiga
que a tristeza se encolhia
diante dessa magia
versos feitos assim
sem qualquer pretensão
pareciam conhecer-me
de uma outra dimensão
na verdade eram anjos
que sussurravam pra mim
tudo que eu mais desejava
e em sonhos eu alcançava
meus sonhos não sonho mais
queria sonhá-los outra vez
um dia quem sabe sonhando
eu sonhe versos também

FANTASIA DE POESIA
Tereza da Praia
A lua bóia no céu.
A poesia, solta ao léu,
Voa entre rimas nuas,
E versos vestidos de romantismo.
Teus lábios beijam redondilhas,
feitas com a perfeição de armadilhas,
despindo a poesia de seu pudor.
Correm pelas veias, versos livres
escritos em monossilábicos gemidos.
Tudo é permitido.
A inspiração voa solta,
Envolta no véu da emoção.
Vestem-se a poesia com amor
E rimas preciosas
de agradável odor
e doce sonoridade.
Arde-me o corpo na luta
entre a poesia e o poema.
Ninguém salva a rima perdida
Na fantasia dos desejos da poesia.
Entre os braços do poema,
As palavras se espalham
entre o céu e o mar,
A terra e o ar,
No fogo da paixão do verso livre.
Versos brancos se misturam a sonhos coloridos.
A vida se faz poesia,
O amor se faz fantasia...
Eu, rima... tu verso...
Eu teu anverso
Tu, meu reverso
Minha verdada
E minha mentira.
Eu, rima livre da métrica
às vezes pobre, às vezes rica
Mas sempre uma preciosidade.
Tu, verso que me absorve,
Em ti me integro.
A ti me entrego
Na poesia da vida.
*****
Palavras em Movimentos
Maria Thereza Neves
momentos em movimentos
quando as palavras se vestem de mil cores
sobem aos palcos ou tribunas
espalham folhas ao vento
gritam e choram
silenciam ou sonham fantasias
das letras que dançam
no ritmo certo
sem errar passos
se abraçam expressando emoções
rasgando espaços,unindo traços
numa interrogação ou exclamação
num jorro livre
correndo ,tocando , trocando mundos
é quando o poeta encontra seu eixo
ás mãos o tom da voz própria
sussurra com as estrelas e a lua
a vida vira do avesso
vira magia
as palavras com arte cria
com sabor e sons de poesia !
Tereza da Praia
A lua bóia no céu.
A poesia, solta ao léu,
Voa entre rimas nuas,
E versos vestidos de romantismo.
Teus lábios beijam redondilhas,
feitas com a perfeição de armadilhas,
despindo a poesia de seu pudor.
Correm pelas veias, versos livres
escritos em monossilábicos gemidos.
Tudo é permitido.
A inspiração voa solta,
Envolta no véu da emoção.
Vestem-se a poesia com amor
E rimas preciosas
de agradável odor
e doce sonoridade.
Arde-me o corpo na luta
entre a poesia e o poema.
Ninguém salva a rima perdida
Na fantasia dos desejos da poesia.
Entre os braços do poema,
As palavras se espalham
entre o céu e o mar,
A terra e o ar,
No fogo da paixão do verso livre.
Versos brancos se misturam a sonhos coloridos.
A vida se faz poesia,
O amor se faz fantasia...
Eu, rima... tu verso...
Eu teu anverso
Tu, meu reverso
Minha verdada
E minha mentira.
Eu, rima livre da métrica
às vezes pobre, às vezes rica
Mas sempre uma preciosidade.
Tu, verso que me absorve,
Em ti me integro.
A ti me entrego
Na poesia da vida.
*****
Palavras em Movimentos
Maria Thereza Neves
momentos em movimentos
quando as palavras se vestem de mil cores
sobem aos palcos ou tribunas
espalham folhas ao vento
gritam e choram
silenciam ou sonham fantasias
das letras que dançam
no ritmo certo
sem errar passos
se abraçam expressando emoções
rasgando espaços,unindo traços
numa interrogação ou exclamação
num jorro livre
correndo ,tocando , trocando mundos
é quando o poeta encontra seu eixo
ás mãos o tom da voz própria
sussurra com as estrelas e a lua
a vida vira do avesso
vira magia
as palavras com arte cria
com sabor e sons de poesia !
Noite de todos os dias.
Delasnieve Daspet
Fim de tarde.
O dia se esvai lentamente.
A noite - devagar - estende
Seu manto sobre o mundo.
A rua - até agora cheia de vida,
Vai se perdendo no escuro,
Já nào existe mais.
Anoitece de novo!
Sinto tanta tristeza...
Com o dia que se vai
Os meus sonhos são
Enterrados no horzonte!
Só - outra vez!
Minh'alma como uma viúva
Pranteia a saudade!
Nada mais existe.
Em mim - cada vez mais latente
A sensação de coisa vivida...
Serei a única sobrevivente?
Sobrevivi a mim mesma?
Serei a única naúfraga deste mar
Imenso e bravio que é a vida?
Preciso redescobrir-me.
É tão triste morrer em vida!
Preciso reencontrar os sonhos
E não ter medo de perde-los
No escuro da noite de todos os dias!
Delasnieve Daspet
Fim de tarde.
O dia se esvai lentamente.
A noite - devagar - estende
Seu manto sobre o mundo.
A rua - até agora cheia de vida,
Vai se perdendo no escuro,
Já nào existe mais.
Anoitece de novo!
Sinto tanta tristeza...
Com o dia que se vai
Os meus sonhos são
Enterrados no horzonte!
Só - outra vez!
Minh'alma como uma viúva
Pranteia a saudade!
Nada mais existe.
Em mim - cada vez mais latente
A sensação de coisa vivida...
Serei a única sobrevivente?
Sobrevivi a mim mesma?
Serei a única naúfraga deste mar
Imenso e bravio que é a vida?
Preciso redescobrir-me.
É tão triste morrer em vida!
Preciso reencontrar os sonhos
E não ter medo de perde-los
No escuro da noite de todos os dias!
Só porque hoje é sábado e estou com saudades...
Uma das característica na escrita da Clarice é a sua forma reflexiva de escrever, compondo frases que enunciam seus pensamentos sobre os mais variados aspectos da vida e que possuem grande teor filosófico, quando leio Clarice Lispector é impossível não grifar frases deste tipo...
"Não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo o entedimento"
****
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido.
Eu não: quero é uma verdade inventada."
Eu não: quero é uma verdade inventada."
(Cazuza, que era fã de Clarice, deve ter se inspirado nesse texto pra escrever o verso
"Mentiras sinceras, me interessam", na música "Maior Abandonado". )
"Mentiras sinceras, me interessam", na música "Maior Abandonado". )
****
"(...)de repente a máscara de guerra da vida crestava-se toda como lama seca, e os pedaços irregulares caíam no chão como um ruído oco. E eis rosto agora nu, maduro, sensível quando já não era mais para ser. E o rosto de máscara crestada chorava em silêncio para não morrer".
(Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres)
****
"não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite"
Nome Próprio
Elane Tomich
Pessoa de nome próprio
_às vezes, pluralizado
você sabe com quem fala?_
_Nem eu, nesse lá nem cá,
a tentar futuro impróprio
num presente do passado.
Sabe quem está aqui?
Também não estou nem aí.
Em gráfico, tabela, escala,
digamos que estou em fá.
Em reta de ambiguidade
fico no meio, sou quatro,
de quatro em cima do muro.
No impreciso me seguro
nem lembrança sou, fui fato
num vacilo da rotina.
Logo, sou, quem pensa e insiste
no âmago que inexiste.
Brisa de nada me afaga,
a mesma que, a vela, apaga...
Apesar dessa fogueira,
no peito, onde labaredas
nascem sem eira ou beira
a engolir sol que arde.
Ao rumo em perspectiva
na quebrada da esquina
em via fácil, colina,
logo vou, quem já vai tarde
logo sou, não estar viva!
Elane Tomich
Pessoa de nome próprio
_às vezes, pluralizado
você sabe com quem fala?_
_Nem eu, nesse lá nem cá,
a tentar futuro impróprio
num presente do passado.
Sabe quem está aqui?
Também não estou nem aí.
Em gráfico, tabela, escala,
digamos que estou em fá.
Em reta de ambiguidade
fico no meio, sou quatro,
de quatro em cima do muro.
No impreciso me seguro
nem lembrança sou, fui fato
num vacilo da rotina.
Logo, sou, quem pensa e insiste
no âmago que inexiste.
Brisa de nada me afaga,
a mesma que, a vela, apaga...
Apesar dessa fogueira,
no peito, onde labaredas
nascem sem eira ou beira
a engolir sol que arde.
Ao rumo em perspectiva
na quebrada da esquina
em via fácil, colina,
logo vou, quem já vai tarde
logo sou, não estar viva!

Marcha De Quarta-Feira De Cinzas
Composição: Vinicius de Moraes / Carlos Lyra
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz
Seu canto de paz
In Concert
Tereza da Praia
Ah moço, sequer sou dona do meu nariz.
Mas podes vir, dou-te o meu consolo
Meu aconchego, o meu largo colo.
Traga tua solidão e o teu medo de ser feliz.
Digo-te, moço, enquanto beijavas outras bocas
Entregavas-te a prazeres vazios , sem sentido
A solidão e a carência deixavam-me louca
Queimava-me o desejo do desconhecido.
Eu adivinhava tua existência
No intimo eu sentia tua insistência
Em algum lugar muito perto de mim
Tua existias, era assim.
Permito quedar-te cansado no meu colo.
Mesmo de mãos vazias, vem acabar meu estio.
Vem dançar a divina música da vida...
Vem conhecer o meu ritmo _ o da alegria.
Vem ser meu dono, criança.
Ser meu parceiro e companheiro...
Guardarei no meu seio teus sonhos
Guardarás em teus olhos minha esperança.
Vem! Estou te esperando para aprender a brilhar
Para permitir o sol nascer sem proibições.
Estou te esperando para te abrigar
Para que, nos meus braços, tu possas descansar.
Mil luas se passaram sem que nos víssemos
Tantas estações se foram sem que nos beijássemos.
Outonos, invernos, primaveras e verões
Sem um aconchego, sem ouvir nossos corações.
Eu preciso do teu amor para me sentir viva
Eu preciso de teus sonhos para me enfeitar
Eu preciso de teu cansaço para volta à juventude.
Eu necessito de ti para poder amar.
Vem brincar no meu colo
Qual menino travesso;
Sentir o meu cheiro de terra molhada
Fértil para germinar o amor semeado.
Vem recriar o paraíso.
Não me deixe perder-me de ti
Não se perca de mim
Éden sem amor é o hades, é o fim.
Vivamos o instante
Este presente
Nova oportunidade
Que pela vida nos é dada.
Vem sem santos,
sem mantos
secar nossos prantos
pela longa espera.
Tereza da Praia
Série: Qualquer prazer me diverte.
(Às vezes, a terceira idade começa com o primeiro amor – Tereza da Praia)
Tereza da Praia
Ah moço, sequer sou dona do meu nariz.
Mas podes vir, dou-te o meu consolo
Meu aconchego, o meu largo colo.
Traga tua solidão e o teu medo de ser feliz.
Digo-te, moço, enquanto beijavas outras bocas
Entregavas-te a prazeres vazios , sem sentido
A solidão e a carência deixavam-me louca
Queimava-me o desejo do desconhecido.
Eu adivinhava tua existência
No intimo eu sentia tua insistência
Em algum lugar muito perto de mim
Tua existias, era assim.
Permito quedar-te cansado no meu colo.
Mesmo de mãos vazias, vem acabar meu estio.
Vem dançar a divina música da vida...
Vem conhecer o meu ritmo _ o da alegria.
Vem ser meu dono, criança.
Ser meu parceiro e companheiro...
Guardarei no meu seio teus sonhos
Guardarás em teus olhos minha esperança.
Vem! Estou te esperando para aprender a brilhar
Para permitir o sol nascer sem proibições.
Estou te esperando para te abrigar
Para que, nos meus braços, tu possas descansar.
Mil luas se passaram sem que nos víssemos
Tantas estações se foram sem que nos beijássemos.
Outonos, invernos, primaveras e verões
Sem um aconchego, sem ouvir nossos corações.
Eu preciso do teu amor para me sentir viva
Eu preciso de teus sonhos para me enfeitar
Eu preciso de teu cansaço para volta à juventude.
Eu necessito de ti para poder amar.
Vem brincar no meu colo
Qual menino travesso;
Sentir o meu cheiro de terra molhada
Fértil para germinar o amor semeado.
Vem recriar o paraíso.
Não me deixe perder-me de ti
Não se perca de mim
Éden sem amor é o hades, é o fim.
Vivamos o instante
Este presente
Nova oportunidade
Que pela vida nos é dada.
Vem sem santos,
sem mantos
secar nossos prantos
pela longa espera.
Tereza da Praia
Série: Qualquer prazer me diverte.
(Às vezes, a terceira idade começa com o primeiro amor – Tereza da Praia)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer,
a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes
ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente,
os homens presentes,a vida presente.
Mares, lágrimas e outras águas"
Maria Thereza Neves
Tantas lágrimas choram na Terra ,
Vulcões berram , sangram em cascatas.
O homem com mil idéias, mata, erra.
As nuvens em tempestades, desabam.
Os rios solitários correm poluídos,
Regando as folhas secas, mortas.
Os inventores , as vezes malditos ,
Só pensam em palácios e urnas...
O mundo gira sem remos e rumo
Fecha os olhos da lua ,das estrelas,
Perde os sentidos, o ponto,o prumo.
Os pulmões ,veias enfraquecem,
Inertes, sem forças para respirar...
Clama ao Poeta , asas para voar ...
Maria Thereza Neves
Tantas lágrimas choram na Terra ,
Vulcões berram , sangram em cascatas.
O homem com mil idéias, mata, erra.
As nuvens em tempestades, desabam.
Os rios solitários correm poluídos,
Regando as folhas secas, mortas.
Os inventores , as vezes malditos ,
Só pensam em palácios e urnas...
O mundo gira sem remos e rumo
Fecha os olhos da lua ,das estrelas,
Perde os sentidos, o ponto,o prumo.
Os pulmões ,veias enfraquecem,
Inertes, sem forças para respirar...
Clama ao Poeta , asas para voar ...

Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar
Composição: Ana Carolina e Jorge Vercilo
Voz: Maria Bethânia.
"Mas, pensar na pessoa que se ama, é como querer
ficar à beira d'água esperando que o riacho, alguma hora,
pousoso esbarre de correr." (Guimarães Rosa)
*** ***
Garimpeira da beleza
te achei na beira de você me achar
Me agarra na cintura,
me segura e jura que não vai soltar
E vem me bebendo toda,
me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios,
mar partindo ao meio, não vou esquecer.
Eu que não sei quase nada do mar
descobri que não sei nada de mim
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Me agarrei em seus cabelos,
Me agarrei em seus cabelos,
sua boca quente pra não me afogar
Tua língua correnteza lambe minhas pernas como faz o mar
E vem me bebendo toda me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios, mar partindo ao meio, não vou esquecer
Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão
Meu Mar
Sentada na relva,
felina,
Meu Mar
Sentada na relva,
felina,
nesta selva,
olhando as águas passarem
Cada dia tentando te esquecer.
Desejando que este riacho
de paixão pare de correr
ou corra para meus braço
Sacie o meu coração.
Te perdi, quando me encontrava
Eu que não sei quase nada do mar, amava.
Soltavas-me e perdias-me
Para ti, eu me encontrava.
olhando as águas passarem
Cada dia tentando te esquecer.
Desejando que este riacho
de paixão pare de correr
ou corra para meus braço
Sacie o meu coração.
Te perdi, quando me encontrava
Eu que não sei quase nada do mar, amava.
Soltavas-me e perdias-me
Para ti, eu me encontrava.
Embriagada do prazer
de te beber,
mar salgado
lábios doces
lamber
Tantas línguas a me percorrer.
Eu que não sei nada de mim
te ti, não sei quase nada
Mascarados, amando na escuridão
Afogados na ilusão.
Amado mar
a me penetrar
a me salgar no fogo
quente da paixão
No jogo da vida
saliva a escorrer
pele molhada
extenuada...
de te beber,
mar salgado
lábios doces
lamber
Tantas línguas a me percorrer.
Eu que não sei nada de mim
te ti, não sei quase nada
Mascarados, amando na escuridão
Afogados na ilusão.
Amado mar
a me penetrar
a me salgar no fogo
quente da paixão
No jogo da vida
saliva a escorrer
pele molhada
extenuada...

Sei que careço de luas
e_ de cada_ faço arte
d'entre as carências tuas
ser vazio e ser parte
faz-me integridade nua.
Nunca fui de lua pouca
sou de lua muita_ e_ louca!
Me desejas lua nova
quarto crescente me provas
me devoras por inteiro
em finais de fevereiro
quando sou tempo fugaz
quartos lacrados em paz
cama de seda e de teia
Sugas as minhas artérias
pra te fazeres matéria
Sempre soube tua trama
de indecência luminosa
no ofertório em que me amas
ritual em que me erras
entre os astros eu sou rosa
d'entre flores eu sou terra.
Longe, quando fui areia
brilhava em luaus e ceias
Meio aos astros_tu_decerto_
eras meu, um céu deserto
banquete de lua cheia
o leite da passarela
sapicado de estrelas
Menos que quarto minguante
hoje é perto e nem sou antes
Tantas luas tantos quartos
tantas chaves tantas portas
eu me abro em dois quartos
que é o quanto me comportas
doce vida em vários atos
doce fruta em compotas
partida em duas verdades
antes que se torne nada
como um voo de coruja
num piscar de uma saudade
antes o nada me fuja
É a luz branca que sorvo
enquanto declamo "O Corvo" *
Elane Tomich
Nunca é tarde...
Nídia Vargas Potsch
Alavancada pelo vento,
nas asas da solidão,
parto em meu cavalo baio,
à procura do sonho não realizado...
Entre estrelas fulgurantes
perdi teu brilho; mas, o
reencontrei no espelho das ondas
que quebravam na areia, distantes de mim...
Nunca é tarde, principalmente,
quando se trata de amor!
Amar é o complemento ideal
que nos torna inteiros, vivos,
em perfeita harmonia com o todo...
Nunca é tarde para sair à procura
deste sonho que desaba muitas vezes,
mas está sempre lá... nos chamando...
nos chamando... como um oráculo!
Nídia Vargas Potsch
Alavancada pelo vento,
nas asas da solidão,
parto em meu cavalo baio,
à procura do sonho não realizado...
Entre estrelas fulgurantes
perdi teu brilho; mas, o
reencontrei no espelho das ondas
que quebravam na areia, distantes de mim...
Nunca é tarde, principalmente,
quando se trata de amor!
Amar é o complemento ideal
que nos torna inteiros, vivos,
em perfeita harmonia com o todo...
Nunca é tarde para sair à procura
deste sonho que desaba muitas vezes,
mas está sempre lá... nos chamando...
nos chamando... como um oráculo!
ESTOU A LHE ESPERAR
(Marly Caldas)
Tenho todo tempo do mundo
Por você eu vou esperar
Deixa esse mundo rodar
E eu estou por perto
Em algum lugar
Poetando
Divagando
Pensando
Caminhando na areia da praia
Sentada na grama do jardim
No alto da colina no campo
Você irá me encontrar
Não tenho pressa
Em algum lugar bonito
Em paz com a vida
Sem correr perigo
Estou a lhe esperar...
Por você eu vou esperar
Deixa esse mundo rodar
E eu estou por perto
Em algum lugar
Poetando
Divagando
Pensando
Caminhando na areia da praia
Sentada na grama do jardim
No alto da colina no campo
Você irá me encontrar
Não tenho pressa
Em algum lugar bonito
Em paz com a vida
Sem correr perigo
Estou a lhe esperar...

EM ALGUM LUGAR
Mavi Lamas
As árvores de Ipê ...
Atapetaram de roxo o passado
E, no momento preciso
Agitaram-se sem exagero...
Era a visita da ventania
No meio dela
Um espírito manso e triste...calado
acompanhava-lhe a alma...
Quando foi vista pela primeira vez
Normalista linda
vestida de azul e branco
tocava piano
Tudo cheirava a alfazema
até o hálito...
hoje : o halo e o hálito
eram outros...
Trazia várias surpresas:
mudou de pessoa...
muda de roupa, e de canto
agora alma doída
desfia desejos
que se perderam no tempo
Pouco a pouco se apropriava
dos cheiros do mundo...
que voltavam invasores..
depois a realidade...selada
incomunicável com o mundo...
E ficou só ...
só com seu medo
e seus fantasmas...
Ela nada dizia...
olhando daquele jeito
ausente e desolado
com as malas nas mãos
abandonou a casa...
a casa demolida
Ela... a mulher... soterrada....
As árvores de Ipê ...
Atapetaram de roxo o passado
E, no momento preciso
Agitaram-se sem exagero...
Era a visita da ventania
No meio dela
Um espírito manso e triste...calado
acompanhava-lhe a alma...
Quando foi vista pela primeira vez
Normalista linda
vestida de azul e branco
tocava piano
Tudo cheirava a alfazema
até o hálito...
hoje : o halo e o hálito
eram outros...
Trazia várias surpresas:
mudou de pessoa...
muda de roupa, e de canto
agora alma doída
desfia desejos
que se perderam no tempo
Pouco a pouco se apropriava
dos cheiros do mundo...
que voltavam invasores..
depois a realidade...selada
incomunicável com o mundo...
E ficou só ...
só com seu medo
e seus fantasmas...
Ela nada dizia...
olhando daquele jeito
ausente e desolado
com as malas nas mãos
abandonou a casa...
a casa demolida
Ela... a mulher... soterrada....

Monólogo Mundo Moderno
Chico Anysio
E vamos falar do mundo,
mundo modernomarco malévolomesclando mentirasmodificando maneirasmascarando maracutaiasmajestoso manicômiomeu monólogo mostramentiras, mazelas, misérias, massacresmiscigenaçãomorticínio, maior maldade mundialmadrugada, matuto magro, macrocéfalomastiga média mornamonta matumbo malhadomunindo machado, martelomochila murchamargeia mata maiormanhazinha move moinhomoendo macaxeiramandiocameio-dia mata marrecomanjar melhorzinhomeia-noite mima mulherzinha mimosamaria morenamomento maravilhamotivação mútoamas monocórdia mesmicemuitos migrammacilentosmaltrapilhosmorarão modestamentemalocas metropolitanasmocambos miseráveismenos moralmenos mantimentosmais menosprezometade morremundo malignomisturando mendigos maltratadosmenores metralhadosmilitares mandõesmeretrizes marafonasmocinhas, meras meninas,mariposasmortificando-se moralmentemodestas moças maculadasmercenárias mulheres marcadasmundo medíocremilionários montam mansões magníficasmelhor mármoremobília mirabolantemáxima megalomaniamordomo, mercedez, motorista, mãosmagnatas manobrando milhõesmas maioria morre minguando!moradia meiágua, menos, marquisemundo malucomáquina mortíferamundo moderno melhoremelhore maismelhore muitomelhore mesmomerecemosmaldito mundo modernomundinho merda!
NOTAS SOBRE TAUTOGRAMA
O tautograma é um poema ou verso formado por palavras
que começam pela mesma letra.
Diz-se que o tautograma surgiu na Idade Média,
mas isto não é verdade, pois Ennio, (239/169 a.C),
poeta e dramaturgo romano, que compôs tragédias
inspiradas em Eurípides, conhecido como
o primeiro grande poeta épico romano por seus
Annales, no qual coleciona em 18 livros de
hexâmetros a história de Roma até a sua época;
apresentou seu famoso tautograma em um hexámetro:
Ou Tite, tute, Tate, tibi tanta tyranne tulisti.
Na Idade Média, todavia, os autores se dedicaram
a este tipo de composição. Nos fins do século IX
e princípios do X Ubaldo de Saint-Amand
(monge cujos escritos em matéria musical lhe deram justa fama)
compôs um poema de 136 versos cujas palavras
começam todas pela letra c.
É um poema titulado De laude calvorum (Elogios dos calvos)
e dedicado ao rei Carlos o Calvo;
plotou-se em Basilea (1516-1519 e 1547)
e seu primeiro verso diz assim: Carmina clarisonae calvis cantate,
Chico Anysio
E vamos falar do mundo,
mundo modernomarco malévolomesclando mentirasmodificando maneirasmascarando maracutaiasmajestoso manicômiomeu monólogo mostramentiras, mazelas, misérias, massacresmiscigenaçãomorticínio, maior maldade mundialmadrugada, matuto magro, macrocéfalomastiga média mornamonta matumbo malhadomunindo machado, martelomochila murchamargeia mata maiormanhazinha move moinhomoendo macaxeiramandiocameio-dia mata marrecomanjar melhorzinhomeia-noite mima mulherzinha mimosamaria morenamomento maravilhamotivação mútoamas monocórdia mesmicemuitos migrammacilentosmaltrapilhosmorarão modestamentemalocas metropolitanasmocambos miseráveismenos moralmenos mantimentosmais menosprezometade morremundo malignomisturando mendigos maltratadosmenores metralhadosmilitares mandõesmeretrizes marafonasmocinhas, meras meninas,mariposasmortificando-se moralmentemodestas moças maculadasmercenárias mulheres marcadasmundo medíocremilionários montam mansões magníficasmelhor mármoremobília mirabolantemáxima megalomaniamordomo, mercedez, motorista, mãosmagnatas manobrando milhõesmas maioria morre minguando!moradia meiágua, menos, marquisemundo malucomáquina mortíferamundo moderno melhoremelhore maismelhore muitomelhore mesmomerecemosmaldito mundo modernomundinho merda!
NOTAS SOBRE TAUTOGRAMA
O tautograma é um poema ou verso formado por palavras
que começam pela mesma letra.
Diz-se que o tautograma surgiu na Idade Média,
mas isto não é verdade, pois Ennio, (239/169 a.C),
poeta e dramaturgo romano, que compôs tragédias
inspiradas em Eurípides, conhecido como
o primeiro grande poeta épico romano por seus
Annales, no qual coleciona em 18 livros de
hexâmetros a história de Roma até a sua época;
apresentou seu famoso tautograma em um hexámetro:
Ou Tite, tute, Tate, tibi tanta tyranne tulisti.
Na Idade Média, todavia, os autores se dedicaram
a este tipo de composição. Nos fins do século IX
e princípios do X Ubaldo de Saint-Amand
(monge cujos escritos em matéria musical lhe deram justa fama)
compôs um poema de 136 versos cujas palavras
começam todas pela letra c.
É um poema titulado De laude calvorum (Elogios dos calvos)
e dedicado ao rei Carlos o Calvo;
plotou-se em Basilea (1516-1519 e 1547)
e seu primeiro verso diz assim: Carmina clarisonae calvis cantate,
CamoenaeA obra mestre do tautograma data do século XVI
e deve-se ao professor de teologia de Lovaina ,
Leio Placentius. É o poema titulado Pugna porcorium
(O combate dos porcos), per Placentium porcium
poetam, no que todas as palavras começam por p .
e deve-se ao professor de teologia de Lovaina ,
Leio Placentius. É o poema titulado Pugna porcorium
(O combate dos porcos), per Placentium porcium
poetam, no que todas as palavras começam por p .
Para ser um tautograma não basta o texto reunir
aleatoriamente palavras que se iniciam por
uma determinada letra. O texto, seja ele em
verso ou em prosa, deve ter todos os ingredientes
de um bom texto, isto é coesão, sentido, consistência,
dentre outras características que definem a criação literária.
Neste tautograma, com o título de Monólogo
do Mundo Moderno, Chico Anísio descreve
todas as questões sociais da vida moderna.
Eu, certa feita, compus um taugrama, intitulado
Poema do V, todas as palavras iniciavam pela letra V.
aleatoriamente palavras que se iniciam por
uma determinada letra. O texto, seja ele em
verso ou em prosa, deve ter todos os ingredientes
de um bom texto, isto é coesão, sentido, consistência,
dentre outras características que definem a criação literária.
Neste tautograma, com o título de Monólogo
do Mundo Moderno, Chico Anísio descreve
todas as questões sociais da vida moderna.
Eu, certa feita, compus um taugrama, intitulado
Poema do V, todas as palavras iniciavam pela letra V.
NOTAS SOBRE MONOLOGO
No teatro ou na oratória, um monólogo
é uma longa fala ou discurso pronunciado
por uma única pessoa ou enunciador.
-Monólogo é a forma do discurso em que
o personagem extravasa de maneira razoavelmente
ordenada seus pensamentos e emoções,
sem dirigir-se a um ouvinte específico.No Monólogo é comum que os atores
buscarem pensamentos profundos psicologicamente,
expondo idéias que podem até transparecer
que há mais de um ator em cena. Enfim,
monólogo está associado a um conflito
psicológico que não necessariamente é individual.
É comum no teatro, desenhos animados, e filmes.
O nonologo, também pode ser aplicada
a um poema no formato de pensamentos
ou discurso individual. Também são comuns em óperas, quando uma ária,
recitação ou outra seção cantada, tem uma
função similar a um monólogo falado numa peça teatral;
a um poema no formato de pensamentos
ou discurso individual. Também são comuns em óperas, quando uma ária,
recitação ou outra seção cantada, tem uma
função similar a um monólogo falado numa peça teatral;
Nas peças teatrais há dois tipos básicos de monólogos: o interior,
quando o ator fala para outra pessoa que não está no palco
quando o ator fala para outra pessoa que não está no palco
ou para a audiência.
O exterior, um discurso no qual o narrador expõe questões
de cunho introspectivo, revelando motivações interiores.
Pode ser direto ou indireto, quando narrado
em primeira ou terceira pessoa, respectivamente.
de cunho introspectivo, revelando motivações interiores.
Pode ser direto ou indireto, quando narrado
em primeira ou terceira pessoa, respectivamente.
Os Contos de Hoffmann

Os contos de Hoffmann. (Les contes d’Hoffmann)
Minha memória musical traz para vocês hoje fragmento da opera de Jacques Offenbach, denominada Os contos de Hoffmann. (Les contes d’Hoffmann).
Jacques Offenbach nasceu em Colônia, Alemanha em 20 de junho de 1819 e morreu em Paris em
5 de outubro de 1880. Seu verdadeiro nome era Jacob Ebert. Offenbach trilhou os primeiros passos da música pelas mãos de seu pai _ Isaac, Chazan (cantor) da Sinagoga . Adolescente, de 12 anos, Jacob era violoncelista primoroso. Aproveitando o talento do filho, seu pais o mandaram a Parias, onde recebeu a melhor educação musical. Em Paris atuou na Orquestra a do Théâtre national de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu parceria musical e uma grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow.
5 de outubro de 1880. Seu verdadeiro nome era Jacob Ebert. Offenbach trilhou os primeiros passos da música pelas mãos de seu pai _ Isaac, Chazan (cantor) da Sinagoga . Adolescente, de 12 anos, Jacob era violoncelista primoroso. Aproveitando o talento do filho, seu pais o mandaram a Parias, onde recebeu a melhor educação musical. Em Paris atuou na Orquestra a do Théâtre national de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu parceria musical e uma grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow.
O compositor adotou uma nova identidade, e trocou seu sobrenome para Offenbach, numa homenagem à cidade natal de seu pai, Offenbach am Main. A critica denominou Offenback de “Liszt do violoncelo”. Ele compôs vários obras para esse instrumento e participu de série de concertos em vários capitais européias. Paris começou a viver o período de frivolidade e decadência do Segundo Império, em 1858. Administrada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, Paris passava por um moderno processo de urbanização, caracterizado pela abertura de novas e amplas avenidas, chamadas boulevards. Os espetáculos teatrais começaram a explorar com humor, o espírito, a inteligência e o divertimento, característicos da vida parisiense.
Nesta época Offenbach estreou sua primeira opereta _ Orfeu no Inferno, onde um de seus temas musicais, o Can-Can, adquiriu notoriedade internacional. Num espaço de dez anos ele escreveu noventa operetas, a maioria de grande sucesso, como La Belle Hélène, La Vie Parisienne, La Grande-duchesse de Gérolstein e La Princesse de Trébizonde. Segundo Carpeaux, Offenbach regeu o can-can que as platéias dançavam, sendo um participante embriagado e espectador cínico da orgia.
Em 1870, a França foi derrotada na guerra franco-prussiana, pelas tropas de Otto Von Bismarck. A derrocada francesa e os incêndios da comuna de Paris colocaram um final na temporada de danças, risos e champanhe. Offengach entrou em profunda depressão. Depois de um malogrado tour pelos Estados Unidos e com sua fortuna dilapidada, Offenbach passou a demonstrar um amargo arrependimento por ter desperdiçado seu talento, compondo músicas populares e de gosto duvidoso.
Atraído pelas histórias fantásticas do escritor e compositor alemão Ernst Theodor Amadeus Wilhelm Hoffmann, ele se na tarefa de compor uma ópera séria que ficasse para a posteridade. Com 60 anos e muito doente, ele trabalhou com afinco para concluir Os contos de Hoffmann. O criador de operetas, não conseguiu realizar o grande sonho de assistir a montagem de sua primeira grande ópera de sucesso. Ele morreu em Paris, no dia cinco de outubro de 1880 e a estréia de sua jóia musical só iria ocorrer cinco meses após. A opera foi considerada o maior evento da temporada, atingindo um recorde de 101 apresentações.
A história da ópera, em apertada síntese é a seguinte: A ópera é dividida em cinco atos. O primeiro ato inicia na noite. Espíritos invisíveis da cerveja e do vinho cantam um hino à bebida.
A Musa da Poesia aparece e anuncia que quer recuperar Hoffmann, que, na sua busca pela mulher ideal, é perturbado toda noite pela imagem ilusória de uma cantora, que está cantando, no palco, musica do "divino Mozart". Para realizar seu intento, a Musa encarna na figura do confidente de Hoffmann, Nicklausse. O 1º ato de "Don Giovanni" acabou. Luther, o estalajadeiro, ordena aos servidores da taverna que preparem a sala para receber Hoffmann e seus amigos. O Conselheiro Lindorf entra: em troca de dinheiro, ele obtém de Andres, criado de Stella (a cantora de ópera), um bilhete dedicado à Hoffmann, no qual a prima donna expressa seu amor por ele e manda a chave de seu camarim. Rival de Hoffmann no afeto de Stella, Lindorf, que é seu gênio mal, quer roubar seu lugar. Os estudantes chegam e cantam uma canção à glória de Luther e sua adega, antes de beber à saúde de Stella. Eles se surpreendem com a ausência de Hoffmann, que chega logo depois em companhia de Nicklausse. Hoffmann está ranzinza: os estudantes lhe pedem para cantar algo alegre para esquecer a melancolia. Ele canta a balada de Kleinzach, os estudantes o acompanham em coro. Mas, tomado por um súbito devaneio, ele invoca a imagem de alguém que amou, antes de se recuperar e terminar a canção. Perturbado por seu amor, Hoffmann nega que está amando, oque Lindorf energicamente duvida. Uma discussão começa entre os dois homens. Hoffmann está incomodado, porque toda vez que ele encontra Lindorf ele conhece algum tipo de infortúnio. Em Stella, Hoffmann redescobre 3 amores passados, cujas histórias ele se propõe a contar. Os estudantes e Lindorf preferem ouvi-lo à voltar para o segundo ato da ópera.
O 2º Ato, o compositor conta a história de amor por Olypia. O ato inicia no laboratório do cientísta Spalanzani . Enquanto espera a chegada de seus hóspedes, a quem ele irá mostrar os poderes de sua filha Olympia, um autômato, Spalanzani especula sobre o dinheiro que irá ganhar com isso, e que irá indenizar suas perdas pela bancarrotado judeu, Elias. "Desde que", ele assinala, "Coppelius não venha reclamar sua parte na paternidade dela". Hoffmann, que se tornara aluno de Spalanzani, para ficar perto de sua filha, está perdido de amor por ela. Apesar de nunca ter declarado esse amor, ele é aconselhado por Nicklausse a não cantá-lo: infelizmente Spalanzani não gosta de música !Entra Coppelius, um sábio, rival de Spalanzani (na realidade o segundo gênio do mal de Hoffmann), que interrompe os sonhos do amoroso poeta para vender à ele alguns objetos. Levado à distração, Hoffmann compra dele uns óculos mágicos que transformam a realidade. Coppelius, então, exige de Spalanzani, que acabara de entrar,
sua parte sobre Olympia. Spalanzani sai dessa de forma barata, dando à ele letras do banco do judeu, Elias, "um grande negócio", pensa Coppelius. A festa está animada, esperando por Olympia. Os hóspedes, deslumbrados, a saúdam com admiração. Com acompanhamento de uma harpa, ela canta uma canção, durante a qual, várias vezes, é ouvido o som de uma corda sendo dada. Todos saem para cear e dançar, exceto Hoffmann, que fica para falar com Olympia. O poeta dá margem à sua paixão, a qual Nicklausse tenta esfriar. Ele alude ao fato de que Olympia nunca foi um ser vivo, mas Hoffmann cego de amor rejeita essa idéia. Ele se junta aos hóspedes para dançar, com Olympia, uma valsaestonteante, cujo ritmo cada vez mais intenso não consegue manter, desabando, finalmente, em um canapé. Olympia é tirada dali.Nesse meio tempo, Coppelius, que havia descoberto a trapaça de Spalanzani, retorna e, por vingança, esfacela a boneca Olympia em mil pedaços, para desespero de seu "pai". Enquanto Hoffmann reconhece a verdade, e os dois sábios rivais discutem, os hóspedes riem zombeteiramente: "Ele amou um autômato!".
sua parte sobre Olympia. Spalanzani sai dessa de forma barata, dando à ele letras do banco do judeu, Elias, "um grande negócio", pensa Coppelius. A festa está animada, esperando por Olympia. Os hóspedes, deslumbrados, a saúdam com admiração. Com acompanhamento de uma harpa, ela canta uma canção, durante a qual, várias vezes, é ouvido o som de uma corda sendo dada. Todos saem para cear e dançar, exceto Hoffmann, que fica para falar com Olympia. O poeta dá margem à sua paixão, a qual Nicklausse tenta esfriar. Ele alude ao fato de que Olympia nunca foi um ser vivo, mas Hoffmann cego de amor rejeita essa idéia. Ele se junta aos hóspedes para dançar, com Olympia, uma valsaestonteante, cujo ritmo cada vez mais intenso não consegue manter, desabando, finalmente, em um canapé. Olympia é tirada dali.Nesse meio tempo, Coppelius, que havia descoberto a trapaça de Spalanzani, retorna e, por vingança, esfacela a boneca Olympia em mil pedaços, para desespero de seu "pai". Enquanto Hoffmann reconhece a verdade, e os dois sábios rivais discutem, os hóspedes riem zombeteiramente: "Ele amou um autômato!".
O 3o Ato narra a história de amor envolvendo Antonia. Inicia a história em Munique, na casa do fabricante de violino, Crespel.Antonia, filha de Crespel, está cantando enquanto pensa em Hoffmann, seu amado. Seu pai chega e pede que ela não cante nunca mais, pois isso lhe traz à memória a voz de sua finada esposa. Temendo a influência de Hoffmann, ele ordena à seu criado, Frantz, para que ele não o deixe mais entrar. Frantz se queixa de seu trabalho e revela que ele gosta mesmo é de cantar e dançar, mas não sabe como. Hoffmann chega para rever Antonia. Nicklausse, que está com ele, lhe pede que ouça a alma dos violinos, cuja música "consola as lágrimas". Hoffmann começa a cantar uma velha canção que costumava cantar para Antonia. Ela aparece imediatamente, feliz por reencontrar aquele a quem ama. Ambos cantam um dueto apaixonado, no qual eles afiançam seu amor um ao outro. Juntos eles retomam sua velha canção de amor, e se escondem no momento em que Crespel inesperadamente chega, convencido de ter ouvido sua filha cantar. A chegada do Dr.Miracle é anunciada (mais um gênio do mal de Hoffmann). Isso assusta Crespel, pois esse doutor estava presente no dia da morte de sua esposa. Ele veio para curar Antonia: ele pretende fazer uma escuta e prescrever alguns medicamentos. Crespel, furiosamente, o põe para fora. Hoffmann, ainda escondido, ouviu tudo e se dispõe a salvar Antonia. Para isso, ele a convence a não cantar mais. O Dr. Miracle, magicamente, reaparece, quando Antonia se encontra novamente sozinha. Ele a exorta a voltar atrás emsuas palavras e continuar a cantar. Ele vai ao ponto de invocar a mãe dela, cuja voz é ouvida, perturbando Antonia. Ela, finalmente, se permite ser dissuadida, antes de sucumbir: Miracle aproveita a oportunidade para desaparecer. Quando ela profere um grito, Crespel e Hoffmann chegam, para achá-la morrendo. Um doutor é chamado: Miracle aparece e confirma que ela está morta.
O V ato, conta a história de amor envolvendo Giulietta.O ato se divide em dois quadros. O Primeiro Quadro ocorre em Veneza, em um palácio com vista para o Grande Canal. Giulietta está dando uma festa. Ela e Nicklausse cantam sobre o amor. De sua parte, Hoffmann declara que ele acha embriaguez não no amor, mas no vinho. Entram Schlemil, antigo amante de Giulietta, e Dapertutto - umanova encarnação do gênio do mal de Hoffmann. Com a ajuda de um enorme diamante, Dapertutto seduz Giulietta a tomar parte em sua trama. Ela já tinha, anteriormente, obtido a sombra de Schlemil para ele, e agora, em troca do diamante, deveria obter também a de Hoffmann. Inflamada pelo ciúme que Dapertutto incute nela, Giulietta imediatamente concorda.
A festa continua: Hoffmann joga carta com Schlemil. Excitado pelos olhares de Giulietta, ele deixa a sala de jogos e segue a bela cortesã. Incitado por ela a recuperar a chave que ela havia confiado à Schlemil, Hoffmann é obrigado a aceitar um duelo, para o qual o capitão Dapertutto empresta sua espada, com prazer. Enquanto isso, os gondoleiros continuam suas canções de amor. Segundo Quadro inicia em um elegante boudoir. Giulietta exorta Hoffmann a deixar esse lugar tão rápido quanto possível, pois sua vida corre perigo. Fortificado pela bebedeira, Hoffmann recusa e canta sua paixão. Giulietta ardilmente lhe pede que deixe com ela algo de si,
sua fiel imagem, seu reflexo ! Hoffmann concorda, antes que a cortesã o deixe. Tendo perdido seu reflexo no espelho de Giulietta, Hoffmann entra em colapso, num estado de semi-consciência.
Dapertutto e Pitichinaccio entram, seguidos de Nicklausse, que adverte Hoffmann que o corpo de Schlemil havia sidoencontrado e a morte estava sendo investigada. Mas Hoffmann só reavivará quando alguns hóspedes de Giulietta o incitam a fugir ou enfrentar as forças. Giulietta zomba de Hoffmann que, ainda apaixonado, reluta em partir. Apontando para o espelho, Dapertutto diz aos hóspedes que Hoffmann não tem mais reflexo. Hoffmann amaldiçoa Giulietta, que rebate dizendoque ele é afortunado por ainda estar vivo, e que a imagem dela irá assombrá-lo onde quer que ele vá. Ela despreza Hoffmann, advertindo-o que, se alguém a amar, ela nunca corresponderá a esse amor. Os hóspedes riem, Hoffmann os chama de vampiros. As autoridades entram, o capitão anuncia a morte de Schlemil, Hoffmann confessa o crime e é preso. Após um momento de auto-piedade, consumido pela raiva ele saca um punhal e tenta apunhalar Giulietta. Mas Dapertutto, invocando poderes sobrenaturais, cega Hoffmann que vai de grupo em grupo de
pessoas golpeando o ar em vão. Até que, pensando ter encontrado Giulietta, apunhala Pitichinaccio.Giulietta se joga contra seu cadáver. Hoffmann se exaspera com seu erro e a cortina desce com a risada dos hóspedes.
A festa continua: Hoffmann joga carta com Schlemil. Excitado pelos olhares de Giulietta, ele deixa a sala de jogos e segue a bela cortesã. Incitado por ela a recuperar a chave que ela havia confiado à Schlemil, Hoffmann é obrigado a aceitar um duelo, para o qual o capitão Dapertutto empresta sua espada, com prazer. Enquanto isso, os gondoleiros continuam suas canções de amor. Segundo Quadro inicia em um elegante boudoir. Giulietta exorta Hoffmann a deixar esse lugar tão rápido quanto possível, pois sua vida corre perigo. Fortificado pela bebedeira, Hoffmann recusa e canta sua paixão. Giulietta ardilmente lhe pede que deixe com ela algo de si,
sua fiel imagem, seu reflexo ! Hoffmann concorda, antes que a cortesã o deixe. Tendo perdido seu reflexo no espelho de Giulietta, Hoffmann entra em colapso, num estado de semi-consciência.
Dapertutto e Pitichinaccio entram, seguidos de Nicklausse, que adverte Hoffmann que o corpo de Schlemil havia sidoencontrado e a morte estava sendo investigada. Mas Hoffmann só reavivará quando alguns hóspedes de Giulietta o incitam a fugir ou enfrentar as forças. Giulietta zomba de Hoffmann que, ainda apaixonado, reluta em partir. Apontando para o espelho, Dapertutto diz aos hóspedes que Hoffmann não tem mais reflexo. Hoffmann amaldiçoa Giulietta, que rebate dizendoque ele é afortunado por ainda estar vivo, e que a imagem dela irá assombrá-lo onde quer que ele vá. Ela despreza Hoffmann, advertindo-o que, se alguém a amar, ela nunca corresponderá a esse amor. Os hóspedes riem, Hoffmann os chama de vampiros. As autoridades entram, o capitão anuncia a morte de Schlemil, Hoffmann confessa o crime e é preso. Após um momento de auto-piedade, consumido pela raiva ele saca um punhal e tenta apunhalar Giulietta. Mas Dapertutto, invocando poderes sobrenaturais, cega Hoffmann que vai de grupo em grupo de
pessoas golpeando o ar em vão. Até que, pensando ter encontrado Giulietta, apunhala Pitichinaccio.Giulietta se joga contra seu cadáver. Hoffmann se exaspera com seu erro e a cortina desce com a risada dos hóspedes.
No V e último Ato é contada a historia de Stella. O ato se inicia na taverna de Mestre Luther. Hoffmann acabou de fazer sua narração. A récita de "D. Giovanni" acabou, e Stella vem à procura de Hoffmann. Tarde demais ! Olympia, Antonia e Giulietta estão todas mortas. "Uma vez extinto, o amor não reacende!". Lindorf se aproveita disso e oferece à Stella seu braço. Hoffmann o detém, e lhe oferece a última estrofe da lenda de Kleinzach. Ridicularizado pelo insulto, Lindorf se retira, furioso, sob as risadas dos estudantes. Hoffmann está determinado a morrer, mas a Musa reaparece e o reprime. "Possa a tempestade de paixões aplacar em você ! Homem não seja mais: poeta renasça! "Todos dirigem um hino ao amor: "Um se faz grande pelo amor, mas maior pelas lágrimas!".
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